quinta-feira, 25 de março de 2010

"Os rios para o mundo" (Roberto e Cristiano)

É lamentável observar que o Rio Arrudas está em um estado tão deplorável, e que ainda querem fechá-lo, enquanto outras cidades não só revitalizam seus rios, mas também integram-nos com a população sem esconde-los.
Alguns exemplos disso podem ser encontrados em todo o mundo, quer seja no oriente ou no ocidente.

Comecemos pelo ambicioso projeto americano: a proposta do novo design do “Pier 57” no rio Hudson. Antigamente era um terminal de navios americano que foi mais tarde abandonado, começou-se então a pensar num projeto que transformasse o pier numa área para lazer da população com parque publico, áreas de exposição de quadros e até filmes (ao ar livre). A obra inclui a restauração da porção histórica da orla e a preservação do volume original (para não fugir da escala).

Mesmo que não proponha um contato físico com o rio, a estrutura do projeto, baseada em paredes de vidro voltadas para a água, promove uma interação mesmo que indireta com o Hudson. Outro fator importante é a atração de pessoas para esta área, antes pouco visitada, gerando uma consciência do papel do rio Hudson em Nova Iorque.

Em Seoul, Coréia, o propósito da intervenção foi colaborar com a revitalização do rio Han, construindo um palco flutuante que fosse um projeto ecologicamente correto, promovendo assim uma harmonia com a ilha de Yeoido’s Bam.

Basicamente, o design consiste na alusão a uma bolha emergendo das águas do rio. O desafio foi fazer com que este espaço destinado ao público com diversas finalidades comportasse 2200 pessoas dentro da área construída. A bolha contém quatro portas rotatórias que podem abrir ou fechar independentemente, permitindo que o palco seja usado em qualquer época do ano, nas mais diversas condições climáticas.
Por mais que as pessoas vão para lá com o intuito de se divertir, elas acabam inevitavelmente se deparando com o rio Han, o que novamente cria a noção de identidade com ele.


Este contato entre o homem e o meio natural que o rodeia é crucial para a preservação do espaço. É observado que ao aplicar projetos como estes, tanto a população quanto a natureza são beneficiados, uma vez que ao criar um vínculo com o meio a população tende a parar de degradá-lo, já que ninguém quer ver destruído aquilo que gosta. Outro lado positivo é o fato de ser mais uma opção de lazer para todos, seja visitando o pier ou se divertindo na bolha flutuante.

André Motta
Érika Messina


fonte: http://www.designboom.com/

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