Resumo do Informativo n 10, dezembro/1999
MORTANDADE DE PEIXES REFORÇA ESPERANÇA EM SALVAR O RIO DAS VELHAS
Em novembro de 1999 uma grande mortandade de peixes ocorreu no alto e médio Rio das Velhas. Os peixes, moribundos por causa da carência de oxigênio, ficam na superfície da agua ou vão para as margens, facilitando sua coleta, muito deles ainda vivos.
O biólogo Paulo Pompéu acredita que a mortandade, no médio Velhas, possa estar relacionada ao esgoto não tratado de Belo Horizonte, que vai se depositando no fundo do rio. Com as primeiras chuvas, estes depósitos são revirados, diminuindo o nível de oxigenação da agua e matando os peixes. Ja a morte dos peixes no alto Rio das Velhas não era tão esperada e o biólogo acha que tem alguma relação com a atividade mineradora, intensa na área. A atividade altera a cor da agua e aumenta a quantidade de sólidos em suspensão, prejudicando sua qualidade.
De qualquer forma, Paulo Pompeu também lembra que a morte dos peixes também acende ainda mais a esperança de todos ‘’se esta morrendo tanto peixe, é porque ele ainda esta lá, e ainda é possível ter esperança de salvar o rio’’.
RIO ACIMA FORMA CONDOMÍNIO PARA PRESERVAR CÓRREGO DO AGUA LIMPA
Os integrantes da ACAL (Associação Comunitária da Agua Limpa) criaram o condomínio da agua limpa. São moradores e sitiantes da região do córrego do Agua Limpa que estão preocupados com a preservação do córrego. Com o intuito de estabelecer regras e objetivos para os moradores, e monitorar o uso da agua, o condomínio será mais uma arma da associação, que ha 4 anos cuida das estradas, das matas e orienta os caseiros para evitar a degradação ambiental da região.
POLUIÇÃO MATA NASCENTES E DESCARACTERIZA PAMPULHA
A expansão urbana na bacia, poucas vezes realizada com os cuidados ambientais necessários, tem provocado, ao longo dos anos, o assoreamento da lagoa e a eutrofização, que é o excesso de nutrientes das suas aguas. Nos seus 18 km de extensão o que mais preocupa é a destruição, seja pela poluição ou pelo assoreamento, das nascentes de córregos, olhos d'água ou brejos. Eles são as fontes de abastecimento da lagoa e sua sistemática destruição põe em risco todo o ecossistema da região.
O Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha, conhecido como Programa pampulha (PROPAM) busca a recuperação da Bacia Hidrográfica da Pampulha em seus aspectos ambiental, socio-econômico e urbanístico, através da recuperação de áreas degradadas. O projeto pretende atacar as causas da poluição da Lagoa através do controle de resíduos sólidos domiciliares, controle da poluição dos afluentes e recuperação dos locais assoreados.